Os barões do café, como ficaram conhecidos, tinham grande poder econômico e influenciavam diretamente na política aplicado dentro do país, um exemplo disso é o “Convênio de Taubaté”, política em que o governo comprava o excedente produzido nas fazendas de café para que o preço continuasse constante, fazendo com que os donos das lavouras não diminuíssem o lucro e a política do “café com leite”, que foi um acordo entre as oligarquias estaduais(Minas Gerais e São Paulo) junto com o governo federal, em que havia uma alternância de poder no cargo de presidente da República entre os políticos dos estados de São Paulo e Minas gerais.
As cidades do Vale do Paraíba foram muito prósperas nesse momento, uma das cidades visitadas - Bananal - era referência nessa produção e, por algum tempo, figurou como uma das cidades mais ricas do país. A economia dessa cidades girava em torno das grandes fazendas instaladas ao longo dos mares de morros, fazendas que exploravam a mão de obra escrava em larga escala, o que refletiu nessas cidades o maior contingente de escravos do Brasil na época.
Fazenda Pau D´alho- São José do Barreiro - SP (ao fundo é possível observar os mares de morros onde se espalharam milhares de quilômetros de cafeicultura) |
Apesar dos tempos áureos, a monocultura e exploração excessiva de um solo sem os devidos cuidados tornaram a região cada vez menos produtiva. Essa situação, aliada à expansão das linhas férreas para o Oeste paulista - local com terras mais férteis - e à abolição do trabalho escravo, legalmente falando, ruiu toda a produção da região e, consequentemente, uma elite que ali vivia. Com um cenário totalmente desfavorável, essa elite se deslocou dessas terras deixando para trás imensos latifúndios inférteis e estagnando a economia de diversas cidades da região, que ficaram praticamente abandonadas.
O final do século XIX e início do século XX marcou a ascensão do oeste paulista na produção do café até 1929 quando, com a crise da bolsa de Wall Street, houve uma brusca queda no preço das sacas e muitos fazendeiros entraram em falência e consequentemente, a economia brasileira. O cultivo de café foi uns dos responsáveis pela concentração de riquezas na região Sudeste do Brasil e posteriormente o desenvolvimento industrial.
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